“Cultivating and reinforcing what makes us human is the ticket and in the process, we must stop referring to those skills and attributes as 'soft' as they are the only thing that’s -still- hard for the competition.”
(Em tradução livre: Cultivar e reforçar o que nos faz humanos é o passaporte e, nesse processo, temos de parar de classificar essas habilidades e atributos como “soft”, já que elas são as únicas – ainda – valiosas na competição.)
Com esta afirmação, Duena Blomstrom, autora de Emotional Banking e fundadora e CEO da People Not Tech, termina seu artigo It’s not about what you know. Soft skills are hard, publicado em 22 de janeiro de 2019, no LinkedIn. Essa frase nos levou a refletir sobre o que nossos coachees têm vivenciado nas organizações. Nunca se falou tanto em disrupção e transformação digital como ultimamente e, especialmente, sobre o impacto da inteligência artificial e da automação no mercado de trabalho. Esse cenário, inevitavelmente, coloca-nos diante da indagação: “E as pessoas, como ficam?”, que resolvemos aprofundar neste texto.
Esta realidade é irreversível
Antes de entrar no nosso tema central: as pessoas, é importante mapear a realidade em que vivemos e entender melhor as mudanças que se anunciam. Nesse sentido, um artigo esclarecedor é o Navegando em um mundo de disrupção – tendências globais estão criando ganhadores e perdedores cada vez maiores, publicado em janeiro de 2019 na página do McKinsey Global Institute do LinkedIn. Entre as ideias abordadas e que consideramos pertinente destacar, está: “Vivemos em uma era de disrupção, em que forças globais poderosas vêm mudando nossa forma de viver e trabalhar (...) Para líderes empresariais, formuladores de políticas públicas e indivíduos, descobrir a melhor maneira de navegar estes tempos interessantes pode demandar uma maneira radicalmente nova de pensar.”
Fizemos também um recorte dos desafios que a sociedade enfrenta nesta era de profundo desenvolvimento tecnológico, com base no artigo do McKinsey Global Institute:
A disrupção tem se intensificado
“As empresas têm se aproveitado de métodos avançados de análises e da Internet das Coisas para transformar suas operações – e aquelas que estiverem à frente vão capturar os maiores benefícios: empresas líderes digitais em seus respectivos setores apresentam maior crescimento de receita e produtividade do que seus concorrentes menos digitais. Elas melhoram suas margens de lucro três vezes mais rápido do que a média e, com frequência, são as maiores inovadoras e as mais disruptivas em suas áreas de atuação.”
Há um abismo cada vez maior entre aqueles que abraçam a mudança e os que ficam para trás
“A adoção de IA e a automação deverão causar períodos de transição que demandarão novas habilidades e mudanças nas ocupações existentes. Em um cenário de “meio de caminho”, cerca de 15% da força de trabalho mundial – ou o equivalente a aproximadamente 400 milhões de trabalhadores – podem ser deslocados pela automação no período entre 2016 e 2030. Ao mesmo tempo, de 550 milhões a 890 milhões de novos empregos poderão ser criados em função de ganhos de produtividade, inovação e catalisadores de novas demandas de mão de obra, como o aumento da renda em economias emergentes e o maior investimento em infraestrutura, imóveis, energia e tecnologia.”
O que fazer diante do novo cenário?
Parafraseando Yuval Noah Harari (21 Lições para o século 21 - Introdução), concluímos que é muito difícil manter uma atuação lúcida. E a “história não poupa ninguém...”. Cada líder que deixar de fazer o que é preciso, nem ele nem sua equipe estarão eximidos das consequências do seu “não fazer”. “Pode ser injusto, mas quem disse que a história é justa?” Porém, nós da LLUM, acreditamos que é possível encarar essa “injustiça”.
Nossa crença é a de que TODAS as pessoas podem mudar e experimentar, transformando seu potencial em novas competências, aprendendo e reaprendendo continuamente. Vemos problemas como oportunidades de melhoria. Nossa contribuição: nosso olhar sobre as pessoas nesse espaço de transformação; afinal, tudo está nas pessoas. São elas que criam, executam processos, desenvolvem produtos, prestam serviços. Apontamos, abaixo, algumas reflexões para o desenvolvimento das pessoas:
Começando pela educação
"No século 21, estamos inundados por enorme quantidade de informação (...) Num mundo assim, a última coisa que um professor precisa dar a seus alunos é informação (...) Muitos especialistas trazem que as escolas deveriam passar a ensinar os “quatro C’s: pensamento crítico, comunicação, colaboração e criatividade (...) O mais importante de tudo será a habilidade para lidar com mudanças, aprender coisas novas e preservar o equilíbrio mental. As pessoas vão precisar reinventar a si mesmas várias e várias vezes". (Yuval Noah Harari em 21 Lições para o século 21 - Capitulo 19 - pgs 321/322/323).
Mudando a dinâmica da atuação das empresas
Para garantir algumas necessidades humanas neste novo cenário, como autonomia e senso de significado, as empresas também têm que se reinventar. Surge, então, o conceito de empresa ágil, ou seja, que tem uma proposta de aprimoramento constante, ciclos contínuos de feedback e a cultura de errar e consertar rápido, o que proporciona a capacidade de desaprender e reaprender e de se adaptar constantemente. SCRUM, SCRUM Master, SPRINT, SQUADS e TRIBOS são conceitos cada vez mais usados pelas empresas para terem agilidade nas suas respostas e poderem proporcionar autonomia e senso de propósito aos seus colaboradores. Se você não está familiarizado com estes nomes ainda é tempo de correr atrás.
Veja as principais habilidades nas quais as empresas estão investindo para a capacitação de suas equipes:
Assunção de risco
Colaboração
Autonomia
Criatividade
Comunicação
Fazer perguntas e sair das respostas prontas: reaprender
Errar e aprender com o erro (Saiba mais no nosso artigo Errar é fracasso ou sucesso? )
Analise de dados e informações
Alguns exemplos reais foram revelados pela revista Exame, na matéria Onde as máquinas (ainda) não têm vez, (edição de maio de 2019)
A Nestlé passou por um reposicionamento, em 2018, e decidiu estimular quatro características nos funcionários: autonomia, transparência, colaboração e olhar para fora. Existem programas voltados para todos os níveis.
A AmBev, desde o ano passado, trabalha temas mais ligados ao campo das emoções, como a escuta ativa e a comunicação de verdades difíceis.
No exterior, uma das tendências de desenvolvimento de competências é a formação continua de mentores internos. A plataforma desenvolvida pela startup suíça Cooppacademy permite esse tipo de prática, criando cursos com base em um catálogo de 20 habilidades comportamentais.
O que o coaching tem com isso?
As lideranças têm que estar alinhadas às pessoas e ao negócio. De modo que acreditamos que a construção da empresa tem que ser feita com as equipes. E o gestor tem que estar próximo delas. Ouvir as pessoas, acolher ideias, desaprender e reaprender significa construir o futuro. Nós da LLUM somos especialistas em gente. Somos consultoras e coaches que podem ajudar as pessoas a lidar com o cenário de incerteza e mudança a fim de se prepararem para atuar em equipes multidisciplinares, estruturas horizontais, cocriação e foco na resolução de problemas. Enfim, tudo o que esse mundo disruptivo requer.
Dê um LLUM sua carreira!
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