Em busca de entender o significado da expressão “Liderança Humanizada”, queremos citar um trecho de um artigo de Larissa Santana mencionado em https://www.consumidormoderno.com.br/2021/02/17/perfil-lideranca-ideal-novas-caracteristicas-exigidas/
“Rogério Bragherolli, especialista em capital humano e empregabilidade da Energy People, diz: Os modelos de trabalho se transformaram radicalmente e o sucesso deste novo ambiente depende muito da competência da liderança para poder realizar as mudanças necessárias. Os critérios de previsibilidade e planejamento são cada vez mais complexos e nebulosos, por isso faz-se necessário buscar nas lideranças profissionais que trabalhem em modelos ágeis, remotos, de rápido aprendizado, com conectividade, qualidade, digitalizado e automatizado, fazendo mais com menos e, ao mesmo tempo, mais humanizado e diverso. A tarefa não é fácil, mas é imprescindível para a sobrevivência dos negócios no futuro.”
Para nós da LLUM, o “mais humanizado e diverso“ sintetiza o conceito de Liderança (Humanizada) que queremos apoiar, difundir e aprofundar. Mas, ficamos pensando... será que esta expressão - Liderança Humanizada – não seria uma redundância? Afinal, o Líder é um ser humano, que lidera outros seres humanos. O que será que faltou ao longo de nossa trajetória humana – para falar apenas do ocidente, desde o pós guerra até hoje – para termos que acionar esta “redundância” para explicar as demandas de “sobrevivência dos negócios no futuro” e quem sabe, da nossa própria sobrevivência e dos caros valores da nossa civilização, que construímos até aqui?
Richard Heiras, mentor e palestrante, mencionou no LinkedIn o resultado de uma enquete, em que perguntou: “qual foi o perfil (destes abaixo) que você + presenciou (em sua vida profissional)?” E eis o que ele apurou:
Falso, arrogante e rude - 52%
Controlador, rigoroso e frio 29 %
Simpático, orientador e carismático 11%
Focado em pessoas e verdadeiro 8%
Para mais informações veja a publicação: https://www.linkedin.com/posts/richardheiras_lideran%C3%A7a-humanizada-onde-est%C3%A1-voc%C3%AA-fiz-activity-6721174064188178432-aSHm
E não é só nas corporações que faltam lideres simpáticos, orientadores e carismáticos, focados em pessoas e verdadeiros. Chega a ser um pouco assustador quando olhamos a nossa volta e vendo os noticiários, percebemos que, se as nações do mundo fizerem uma enquete entre seus cidadãos, sobre seus governantes, possivelmente encontrarão um percentual alto de “Falso, arrogante e rude” ou “Controlador, rigoroso e frio” e bem baixo de “Simpático, orientador e carismático” ou “Focado em pessoas e verdadeiro”.
Nós da LLUM, sensibilizadas pelo tema, e convictas que um grande desafio deste “novo mundo” pós pandêmico será a atuação do LÍDERES nos propomos a aprofundar o tema e expandir mais e mais esta dimensão da Liderança: LIDERANÇA HUMANIZADA. Que passamos a conceituar a seguir.
AFINAL, O QUE É UMA LIDERANÇA HUMANIZADA?
Para nós da LLUM, Liderança Humanizada é o líder que coloca as pessoas no centro, tem um interesse genuíno pelas pessoas, constrói laços de confiança, gera conexão com as pessoas e que aprendeu a lidar com suas emoções e as emoções do outro. E que, também, lida com a sua vulnerabilidade. É o líder que não tem medo de se expor perante a equipe, pois, afinal, compartilhar sentimentos e a própria vulnerabilidade pode aproximar muito as pessoas. Esta aproximação é a essência da Liderança Humanizada.
Tem uma frase da Brené Brown no seu livro Coragem para liderar (editora Best Seller) que gostamos muito: “temos que cultivar uma cultura na qual trabalho duro, conversas difíceis e corações plenos sejam a expectativa, e uma armadura não seja necessária ou recompensada.” Brené entende como armadura “os pensamentos, as emoções e os comportamentos que usamos para nos proteger quando não estamos dispostos nem somos capazes de encarar a vulnerabilidade”.
Na verdade, os líderes precisam lidar com as emoções se querem que as pessoas se sintam confiantes e possam ser produtivas, eficientes e ter prazer no que fazem.
A Revista VOCÊ S/A , de outubro 2020 traz um artigo bem oportuno sobre Liderança Humanizada: “De qual líder precisamos agora?” - Descubra por que é hora de deixar o comando e controle de lado e abraçar a sensibilidade, de Nataly Pugliesi. Saiba mais em: https://vocesa.abril.com.br/carreira/de-qual-lider-precisamos-agora-2/)
Ela traz um posicionamento que assinamos embaixo:
“(...) não é necessário ter poderes sobrenaturais para gerenciar neste momento. As habilidades requisitadas são essencialmente humanas. O líder é mortal e consegue assumir suas fragilidades, não tem medo de dizer que não tem todas as respostas, mas se mantém próximo, cria saídas novas junto com o time, passa tranquilidade de que fará o que tiver que ser feito" afirma Marcio Fernandes - sócio fundador da Thutor” .
Assim, não tem como falar em Liderança Humanizada se não falarmos de pertencimento, conexão, compaixão, confiança, bondade e empatia. De praticar gratidão e comemorar feitos e vitórias, cultivar o comprometimento e um objetivo em comum. Reconhecer, nomear e lidar com as incertezas e medos coletivos; e também reconhecer o potencial de cada um e dar espaço para as pessoas se desenvolverem.
MÉTODO LLUM DE LIDERANÇA HUMANIZADA
O Método LLUm de Liderança Humanizada foi desenvolvido para apoiar os líderes a responderem ao cenário BANI. Definitivamente 2020 foi um ano de grande transformação, que não é tão recente, mas que, ao acelerar, trouxe componentes importantes.
“Facing the Age of Chaos” é o título de um artigo publicado por Jamais Cascio na plataforma Medium em abril de 2020. Traduzido para “Enfrentando a era do caos”, é uma boa explicação sobre o que se trata o mundo BANI.
O que significa BANI? É o acrônimo para Brittleness, Anxiety, Nonlinearity and Incomprehensibility, e descreve o provável cenário pós pandemia:
· Brittleness => FRAGILIDADE: o mundo frágil, nada é concreto e tudo está propenso a mudança de uma hora para outra.
· Anxiety => ANSIEDADE: Pouco controle, requer tomada de decisões rápidas em resposta às fragilidades diárias, o que gera grande ansiedade.
· Nonlinearity => NÃO LINEARIDADE: tudo é incerto, deve-se ser adaptável as circunstâncias (imprevisíveis); em um ambiente não linear uma pequena decisão pode ter consequências devastadoras e um grande esforço pode ser insignificante.
· Incomprehensibility => INCOMPRENSIBILIDADE: frequentemente nossos conceitos e ideias mudam tão rapidamente que, cada vez mais, parece que entendemos cada vez menos... A sobrecarga de conceitos e informações acaba resultando em confusão e não entendimento.
E quais as competências necessárias para responder a tudo isso?
· FRAGILIDADE - pede capacidade, força interior e resiliência;
· ANSIEDADE - requer responder com empatia e atenção plena;
· NÃO LINEARIDADE – precisa de entendimento de contexto, adaptabilidade e flexibilidade;
· INCOMPREENSIBILIDADE – exige de nós transparência e uso da intuição.
Como preparar os líderes que nasceram em um outro contexto, trabalharam e conseguiram resultados em um modelo que hoje não traz as respostas necessárias?
As lideranças precisam sim se capacitar no uso de ferramentas digitais, novas formas para manter a qualidade da entrega, novos modelos de trabalho bem como visão dos novos negócios. Estas capacidades são as chamadas hards skills.
O nosso método propõe trabalhar e preparar os líderes considerando o outro lado desta moeda: as chamadas soft skills, que, na verdade, neste contexto BANI, passam a ser INDISPENSÁVEIS... Para nós, as soft skills no contexto atual deveriam ser chamadas de imperative skills...
Nosso método traz como base a Inteligência Emocional. E a partir de sua autopercepção aprofundada, o líder desenvolve:
· O autoconhecimento, o conhecimento do outro.
· A gestão produtiva das próprias emoções e das emoções do outro.
· Empatia para lidar com seus sentimentos e com os sentimentos do outro.
· Flexibilidade como estímulo a criatividade, curiosidade e o aprender e experimentar coisas novas.
· Saber ouvir buscando entender a necessidade do outro (colaboradores, clientes, fornecedores ... todos os stakeholders).
· Dar e receber feedbacks.
· Aceitação de sua Vulnerabilidade, percebendo que, o que nos torna mais humanos é a capacidade de errar, nos reerguer e tentar novamente com sensibilidade, humildade e desprendimento pessoal.
· Resiliência para entender e aceitar a realidade, encontrar oportunidade e improvisar.
Enfim, criar conexão e um ambiente de confiança e abertura.
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Se você é um líder - recém-promovido, assumiu uma nova função, tem mais responsabilidade ou simplesmente quer se desenvolver - e quer impactar positivamente a vida das pessoas, saiba mais sobre nosso Coaching Executivo em nosso site.
Abraços, equipe LLUM.
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